quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Fisco apanha gestores

Mais de 4500 administradores e gestores estão a responder ao Fisco com o seu património pessoal e financeiro por dívidas das empresas de que são responsáveis. Para este rol entraram ontem mais 1855 nomes, isto de acordo com o Ministério das Finanças, que actualizou a lista.

O número de administradores e gestores tem vindo a aumentar graças a um novo sistema informático. Para a Administração Fiscal, trata-se de aplicar a "lei penal, que prevê a responsabilidade criminal fiscal simultânea e cumulativa da empresa e respectivos administradores e gestores".

A listagem ficou ontem mais numerosa com a entrada de 4600 novos devedores, atingindo agora os 22 mil publicitados. Deste número, pouco mais de oito mil são pessoas colectivas e 14 255 são individuais. Trata-se da maior entrada de contribuintes, de uma só vez, na lista, isto desde o início da sua publicitação (www.portaldasfinancas.gov.pt).

Segundo o Ministério, mais de 55 mil contribuintes foram notificados para saberem da intenção da DGCI de os integrar nesta lista de devedores. Com este procedimento, o Estado recuperou das pessoas notificadas cerca de 900 milhões de euros, 228 milhões de euros apenas em 2009.

Fonte: Correio da Manhã

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Recibos verdes: isenção do IVA está em risco

Objectivo da medida é reduzir «ao mínimo» o número de beneficiários deste regime para travar fugas ao fisco.
O grupo para o estudo da política fiscal propôs ao Governo uma selecção mais apertada dos 540 mil contribuintes com recibos verdes isentos de pagar IVA por declararem um volume de negócios inferior a dez mil euros por ano.

Café e sacos de plástico poderão ter imposto especial

Caso o próximo Governo aceite a proposta do grupo de trabalho que elaborou um estudo sobre a política fiscal, o café, refrigerantes, embalagens e os sacos de plástico poderão subir de preço, uma vez que está em cima da mesa avançar com um imposto especial sobre o consumo nestes produtos, avança o Jornal de Negócios.

De acordo com o jornal, na sua edição desta quarta-feira, dois argumentos estão por detrás desta dupla tributação: o estímulo de hábitos de consumo ambientalmente mais sustentáveis e a necessidade de compensar a perda de receita fiscal.

Actualmente, Portugal faz incidir o imposto especial sobre o consumo (IEC) no álcool, tabaco e produtos petrolíferos, mas os níveis que o imposto atingiu estão a levar a desvios de consumo para Espanha e ao aumento do contrabando, explica o jornal.

Fonte: Dinheiro Digital

EUA: milhares declararam voluntariamente contas no exterior

Mais de 7.500 contribuintes norte-americanos contactaram voluntariamente o Fisco para notificar a posse de contas bancárias no estrangeiro, na véspera da data limite para beneficiar de uma indulgência relativa, disse aquela entidade.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Menos IRS nos salários

O relatório do grupo de trabalho sobre política fiscal encomendado pelo Governo a diversos peritos recomenda uma maior aproximação das tabelas de retenção na fonte aos rendimentos realmente auferidos, de forma a evitar “a retenção em excesso”.

Os peritos querem evitar que o Estado se financie “à custa dos contribuintes, obrigando-os a conceder-lhe “empréstimos não remunerados”. Isto porque o montante total retido na fonte “excede, em muitos casos, o imposto devido. Isto gera, como referem os especialistas, “uma incompreensível generalização dos impostos”.

Exactamente por isso, o relatório, que foi ontem apresentado, recomenda que as tabelas de retenção na fonte se aproximem dos verdadeiros rendimentos auferidos.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo, referiu contudo que as sugestões não passam exactamente disso, tendo já recusado a baixa do IVA para 19%.

Fonte: Correio da manhã


Fim da tributação conjunta em IRS

As regras do IRS vão ser alteradas. O princípio da tributação conjunta deverá ser substituído por uma tributação separada semelhante à que existe actualmente para as uniões de facto. Esta é uma das recomendações que constam no Relatório Técnico do Grupo de Trabalho para o Estudo da Política Fiscal, que será hoje apresentado pelo secretário de Estado, Carlos Lobo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Impostos «não sobem nem descem»

A consolidação orçamental só irá começar em 2011 e não passará pelo aumento de impostos, disse ao Expresso o ministro das Finanças e da Economia em declarações exclusivas ao semanário.

Na entrevista que «abre o jogo» sobre o (próximo) Orçamento de Estado, Teixeira dos Santos reitera a meta do Governo para o défice público deste ano (5,9% do PIB), apesar de várias previsões internacionais apontarem para valores acima de 6%.

Em entrevista concedida em Istambul, durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, o ministro das Finanças garante ainda que a consolidação orçamental só começará a partir de 2011, porque fazê-lo antes seria arriscado, e não irá passar por aumento de impostos.

A recuperação do crescimento e os ganhos de eficiência fiscal, refere, deverão ser suficientes para reduzir o défice. Sobre a disponibilidade para continuar no Governo, o ministro «prefere não falar», diz o semanário.

Fonte: Expresso

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Fisco notifica contabilistas por dívidas de clientes

A Direcção-geral dos Impostos (DGCI) notificou vários Técnicos Oficiais de Contas (TOC) comunicando-lhes que se encontram numa lista de devedores fiscais no âmbito de processos-crime, não porque estes TOC tivessem dívidas, mas porque representam ou representaram contribuintes, esses sim, com impostos em falta, revela o jornal Público esta quarta-feira.

A situação levou a Câmara dos TOC (CTOC) a escrever ao Director-geral dos Impostos exigindo o fim das notificações sob pena de virem a processar os responsáveis dos serviços de finanças. Fonte oficial das Finanças garante que se tratou de um lapso, entretanto, já corrigido.

Segundo conta o diário, uma das notificações dirigida a um TOC, com data do final de Agosto, o serviço de finanças começa por sublinhar que está a cumprir ordens dadas pela Direcção de Serviços de Créditos Tributários da DGCI.

Perante a situação, fonte oficial das Finanças confirmou ao jornal que "o(s) organismo(s) representativo(s) dos TOC e respectivas empresas de contabilidade remeteram à DGCI exemplos de situações pontuais de cartas enviadas por um escasso número de Serviços Locais de (...) que podem induzir em erro os TOC em causa, levando-os a assumir que lhes estava a ser exigido o pagamento de dívidas de outrem".

Fonte: Dinheiro Digital

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Câmaras prescindem de €10 milhões em IRS

Em 2010, os habitantes de 63 autarquias deverão receber €10 milhões que foram deixados de cobrar ao abrigo da lei que permite que os municípios dispensem de 1 a 5% do IRS.

31 mil famílias seriam atingidas se benefícios fiscais da saúde fossem reduzidos

O novo Governo quer penalizar perto de 31 mil famílias de rendimentos mais elevados, baixando-lhes os limites das despesas de saúde que podem ser entregues com a declaração de IRS. Trata-se de contribuintes com rendimentos anuais acima de 120 mil euros e que o primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu como alvo para poder aliviar a carga fiscal da classe média.

A informação vem do ministério das Finanças. "A quantidade de agregados com rendimentos brutos acima dos 120 mil euros [as últimas estatísticas de IRS referentes a 2007 subdividem o rendimento bruto no escalão entre 100 mil e 250 mil euros], corresponde neste momento a 30.861", revelou fonte oficial do ministério ao Diário Económico.

Fonte: Diário Económico

domingo, 4 de outubro de 2009

Notas Fiscais

Vai já sendo um hábito, em cada lei orçamental, as alterações legislativas em sede de Derrogação do Sigilo Bancário.
Ao longo dos últimos quinze anos, o sigilo bancário tem sido sujeito a inúmeras alterações, no sentido de permitir um maior acesso por parte da Administração Fiscal e outras entidades, à informação e documentos bancários dos contribuintes.
Recentemente, o projecto do Bloco de Esquerda para o fim do sigilo bancário foi aprovado na generalidade pelo Parlamento, com a ajuda dos votos do PS, que só votou a favor devido às eleições e, pela abstenção do PSD e CDS que consideram as propostas inconstitucionais.
Nas palavras do deputado e líder do Bloco de Esquerda "um novo começo depois de anos perdidos no combate à corrupção",
Porém duas questões importam colocar. Será a própria lei o centro da polémica, que para uns é essencial para o combate dos crimes económicos e fiscais e para outros uma devassa da vida privada? Será necessário proceder a inúmeras alterações legislativas para encontrar a fórmula certa?
É que não se pode escamotear que, para se aceder às contas bancárias os procedimentos a seguir e obstáculos que se encontram tornam qualquer norma legislativa condenada ao insucesso.
Senão vejamos alguns exemplos.
Existindo fundamento para a derrogação do sigilo bancário, as autoridades de investigações criminal que a requeiram junto dos tribunais, ficam à aguardar cerca de meio para obter tal autorização.
As entidades bancárias, que agem como autênticos advogados dos seus clientes, negam-se a fornecer ou retardam o fornecimento da informação, conquanto sejam a isso obrigados mediante autorização judicial.
Para não falar, da impugnação do pedido de derrogação, quando assim o seja permitido pelo visado.
Ora, sabendo que, na maioria dos casos, a investigação de tais crimes peca por tardia e que, muitos deles deparam-se com o problema da prescrição, urge agir com celeridade, pelo que, à partida, a derrogação do sigilo bancário está fora de questão.
Há que ser prático. Veja-se os nossos vizinhos espanhóis em que, existe o envio regular das contas dos clientes ao fisco, por parte do sistema bancário, no início e no fim de cada ano.
Por cá ainda não houve a coragem de adoptar tal sistema.

Paulo Janela

sábado, 3 de outubro de 2009

DGAIEC: Fisco apreende 4 mil litros de aguardente de cana

As alfândegas desmantelaram uma rede de «produção de aguardente de cana em larga escala», por ausência das necessárias autorizações para a produção desta bebida espirituosa, divulgou hoje o Ministério das Finanças.

A operação, levada a cabo pela Unidade de Investigação Criminal da Divisão Operacional do Sul e sob a direcção do Ministério Público, apreendeu cerca de quatro mil litros de aguardente pronta a ser comercializada, estampilhas fiscais falsificadas, vasilhame e equipamento variado ligado à produção e comercialização daquela bebida.

A Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) apreendeu ainda uma grande quantidade de documentação, além de dois conjuntos de componentes de alambique, máquinas de trituração, uma viatura ligeira e uma arma ilegal, informa em comunicado.

Diário Digital / Lusa

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

IMI

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) desce a partir desta quinta-feira em algumas regiões do país, entre as quais Lisboa e Porto, de acordo com uma portaria que define a descida dos coeficientes de localização, um dos factores de cálculo do valor patrimonial tributário.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Fisco venderá 10 mil carros de luxo a preços de saldo

Maserati, Aston Martin, Bentley, Ferrari e Rolls Royce são alguns dos carros de gama alta e de luxo que o fisco penhorou a contribuintes devedores e que, em breve, poderão vir a ser adquiridos a preço de saldo.

No total, contabiliza o jornal, «são 10.375 carros que podem ser colocadas à venda caso os seus proprietários não regularizem a sua situação fiscal».

Há marcas para todos os gostos, diz a mesma fonte: Mercedes (4.629) e Volvo (3.141), mas também outros carros que não se vêem nas estradas com tanta frequência como Lamborghini (17), Porsche (77), Jaguar (50), Maserati (9) e Ferrari (7), entre outros.

Quando forem colocados à venda, os interessados podem consultar os dados relativos aos carros como o ano e o preço base no Portal das Finanças.

Estes carros fazem parte do total de 75 mil que a Administração Tributária penhorou e que serão vendidos caso os devedores não paguem.

Fonte: Dinheiro Digital

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Prestação da casa tem pouca margem para voltar a cair

Em Outubro, a prestação vai cair 40 euros. Há cada vez menos espaço para a Euribor continuar a cair e prevê-se uma inversão no início de 2010.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Portugal foi o país que mais desperdiçou fundos comunitários

Portugal perdeu no ano passado 71 milhões de euros de fundos estruturais comunitários por falta de absorção no prazo previsto, o que representa o valor mais elevado dos 27 países da União Europeia (UE), avança o jornal Público

Agosto teve o mais baixo índice incumprimento fiscal de sempre

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo, está optimista em relação à recuperação das receitas fiscais até ao final do ano, sublinhando que, em Agosto, foi registado o mais baixo índice de incumprimento de sempre.

Carlos Lobo afirmou à agência Lusa estar «optimista» em relação à recuperação das receitas fiscais até ao final do ano, adiantando que os dados que já possui relativamente a Setembro, indiciam que a redução homóloga poderá ficar entre entre «os 13 e os 14 por cento».

A receita fiscal caiu nos primeiros oito meses do ano 15,9 por cento, relativamente a período homólogo, para 19.583,9 milhões de euros.

Fonte: Lusa

Número de contribuintes mais ricos aumenta em Portugal

De acordo com as estatísticas ontem divulgadas pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI), em 2007 havia 48.600 contribuintes a declarar rendimentos superiores a 100 mil euros no ano, mais 10,6% (ou 4.700 declarações) do que um ano antes.

Este conjunto de contribuintes declarou, em média, 163 mil euros num ano, e pagou ao Estado 47.900 euros de IRS, refere o jornal.

Apesar das taxas nominais de IRS poderem ir até aos 42%, os contribuintes com rendimentos mais elevados pagaram em média 29% de IRS, fruto dos benefícios fiscais e das deduções de que tiraram proveito, conclui a mesma fonte.

Fonte: Dinheiro Digital

Comissões bancárias em Portugal são das mais baixas na Europa

Um português paga, em média, 45 euros anuais em comissões bancárias, o quarto valor mais baixo entre os 27 Estados-membros, segundo um estudo da Comissão Europeia.

Fonte: Diário Económico

Ferreira Leite é campeã do IRS

Manuela Ferreira Leite foi, entre os líderes dos cinco maiores partidos, quem pagou mais IRS em 2008. A presidente do PSD declarou rendimentos superiores a 188 mil euros em 2008, de que resultou o pagamento de perto de 70 mil euros de IRS.

Segue-se o primeiro-ministro e líder do PS que declarou ter auferido mais de 103 mil euros. Quanto ao IRS, Sócrates pagou cerca de 28 mil euros, menos de metade do que Ferreira Leite.

Paulo Portas aparece na terceira posição em termos dos maiores contribuintes. O líder do CDS-PP apenas declara o rendimento da sua actividade de deputado: 56 mil euros por ano, pelos quais teve de pagar mais de 14 mil euros de IRS.

Sensivelmente o mesmo rendimento tem Francisco Louçã; 56 mil euros que têm origem na sua actividade de deputado. Apesar de ser professor universitário, Louçã já disse publicamente que não aufere qualquer rendimento da sua actividade docente. Mesmo assim, o líder do BE conseguiu pagar menos mil euros de IRS do que Paulo Portas. Uma consequência directa do Plano Poupança Reforma (PPR) que subscreveu e que lhe deu vantagens fiscais.

Também Jerónimo de Sousa declarou como rendimento apenas aquele que recebe da Assembleia da República: 56 mil euros. Mas dos três líderes partidários que apenas declaram rendimentos do Parlamento, o secretário-geral do PCP é quem paga menos IRS. Foram cerca de 11 mil euros para os cofres do Estado, menos três mil do que Portas e menos dois mil euros do que Louçã para rendimentos equivalentes.

Em termos de rendimentos declarados às Finanças, Manuela Ferreira Leite declara mais do que Portas, Jerónimo e Louçã juntos e paga quase o dobro de imposto do que a soma dos líderes do CDS-PP, PCP e Bloco de Esquerda.

Tomando em consideração que José Sócrates apenas declara o seu salário de primeiro-ministro, a única prejudicada financeiramente pela vitória eleitoral seria Manuela Ferreira Leite. Todos os demais líderes da oposição, veriam o seu rendimento aumentar substancialmente em caso de vitória nas legislativas.

Fonte: Correio da manhã

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Buraco do Estado de 36 milhões/dia

A culpa é da abrupta quebra de receitas de 15,4%. A recessão económica tem efeitos devastadores nos cofres fiscais, com o IVA, o imposto que mais reflecte o andamento da economia real, a perder 23,6%.

A redução de receitas do IVA é dramática. De Janeiro a Agosto tinha rendido 9,28 mil milhões, enquanto em igual período de 2009 só gera receitas de 7,09 mil milhões. O imposto sobre veículos também sofre uma quebra de 28,1%.

O Ministério das Finanças tem uma visão optimista da evolução do défice. Diz o comunicado do gabinete de Teixeira dos Santos que em Agosto registou-se uma "desaceleração muito significativa". Explica ainda o Ministério que este "aumento do défice foi inferior, em termos relativos e absolutos, aos verificado entre os mesmos meses de 2008. O Governo acredita que a recuperação da conjuntura económica já se "estará a reflectir positivamente sobre as contas públicas". Segundo o Ministério das Finanças, a manter-se este ritmo de evolução, a despesa não excederá os limites fixados no Orçamento de Estado para 2009.

DESPESA COM O DESEMPREGO SOBE 27%

A despesa do Estado com o subsídio de desemprego, social de desemprego e apoios ao emprego, subiu 27 por cento entre Janeiro e Agosto de 2009, face ao período homólogo de 2008. Foram gastos mais de 1,3 mil milhões de euros com os trabalhadores que perderam o seu emprego.

Outro factor importante que influenciou o aumento da despesa da Segurança Social (mais 10,3 por cento) foi o acréscimo das pensões e complementos (que levaram 8,6 milhões de euros dos cofres do Estado), em particular as pensões de "velhice" e "sobrevivência" que aumentaram 5,3 e 6,5 por cento respectivamente.

Fonte: Correio da Manhã


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Queda dos juros 'poupou' 4100 euros às famílias

Num ano, a taxa de juro a seis meses desceu 75%, o que permitiu às famílias portuguesas poupar 4100 euros, segundo uma simulação do DN. Em Agosto, a prestação de um empréstimo de 150 mil euros vai ficar em 572 euros; há um ano era de 914 euros.

As taxas de juro do crédito à habitação não param de descer, com os portugueses a beneficiarem de reduções nas suas prestações mensais. Segundo uma simulação feita pelo DN, as famílias pouparam 4100 euros, num ano, graças à queda da Euribor para novos mínimos históricos.

Quem for contrair um novo empréstimo em Agosto irá pagar uma prestação de 572 euros, menos 342 euros que o valor que ficaria a pagar caso tivesse feito o mesmo crédito há um ano. Este valor é válido para um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, considerando um spread de 1%.

Esta poupança considerável no bolso dos portugueses deve-se à redução de 75% da taxa Euribor a seis meses desde Julho do ano passado, altura em que estava nos 5,148%. Esta taxa está hoje nos 1,229% e, apesar de ainda faltar uma semana para o final do mês, já há uma certeza - os empréstimos vão voltar a baixar.

A forte descida nos créditos à habitação reflecte a queda acentuada das Euribor desde meados de Outubro do ano passado, acompanhando os sucessivos cortes na taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE).

Dos 4,25%, a taxa directora caiu para os actuais 1%, não sendo de esperar novas descidas. Mesmo assim, a Euribor a três meses já está abaixo desta fasquia, desde 10 de Julho, estando a média mensal nos 0,995%, um novo mínimo histórico. Quem contraiu um empréstimo à habitação com esta taxa têm agora uma prestação 342 euros mais baixa do que em Julho do ano passado, quando chegou a 554 euros, altura em que a Euribor estava a 4,961%. Num ano, esta descida traduz-se numa poupança de 4053 euros, já que a queda anual desta taxa é de 80%.

Quanto ao mês anterior, as taxas de juro apresentam também uma queda significativa: 14% na Euribor a seis meses e 19% na Euribor a três meses. Traduzindo em euros, trata-se de poupanças mensais entre os 15 e os 17 euros, a taxa, segundo a simulação do DN.

Para alguns analistas, as taxas de juro deverão manter-se baixas nos próximos meses, já que a recente queda se deve a uma injecção de liquidez realizada pelo BCE e estão programados novos leilões de fundos por parte da entidade liderada por Jean-Claude Trichet.

Apesar de milhares de portugueses estarem a beneficiar da queda dos juros, pagando uma prestação da casa menor no final do mês, dificilmente os consumidores que forem contrair um novo empréstimo vão beneficiar da condições tão favoráveis como faria supor à primeira vista. É que, devido à crise financeira mundial, a maioria dos bancos aumentou os seus spreads, encarecendo assim o valor a pagar todos os meses e diluindo o efeito de descida das Euribor.

Ao mesmo tempo, e devido aos problemas de liquidez das famílias portuguesas, com o crédito malparado a crescer de mês para mês, as instituições bancárias estão com critérios mais rigorosos na concessão dos créditos, nomeadamente no que diz respeito à avaliação dos imóveis e dos riscos associados ao empréstimo. Hoje, é quase impossível, por exemplo, um financiamento a 100%.

Por outro lado, são poucos os portugueses que arriscam, numa altura de recessão, comprar uma casa ou fazer um novo crédito, devido à instabilidade sentida actualmente. Por muito que os preços das casas sejam tentadores.

Fonte: Diário de Notícias

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Hotéis e restaurantes negoceiam descida de impostos

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) está a negociar um pacto fiscal com o Governo que visa rever todos os impostos e acabar com o pagamento especial por conta, revelou ontem o secretário--geral da associação.

"O pacto fiscal abrange todos os impostos, estando implícito a descida do IVA, a revisão do IRC e o fim do pagamento especial por conta (PEC)", afirmou José Manuel Esteves.

O secretário-geral da AHRESP escusou-se, contudo, a adiantar qual a descida dos impostos proposta para o sector. Segundo a associação dos restaurantes e hoteleiros, o Governo já reconheceu que "a proposta de pacto fiscal deve abranger todos os impostos, de forma transversal".

A associação considera que este pacto é "essencial para a retoma" económica do sector. Segundo os últimos dados disponíveis pela associação, o sector da restauração registou quebras superiores a 20% em Maio, sendo que em alguns sectores as descidas na facturação chegam a 30%.

Para além da revisão dos impostos, o plano entregue ao Governo visa ainda garantir uma fiscalidade transparente, através da promoção do combate à concorrência desleal, à economia paralela e à evasão e fraude fiscal.

"Pretendem-se tornar mais justas e transparentes as regras fiscais destes sectores de actividade, que são a base das nossas receitas turísticas", afirma o secretário-geral da AHRESP.

O Governo admitiu no início de Julho alterar vários impostos aplicáveis à hotelaria e restauração, nomeadamente o IVA e os montantes do PEC, no quadro de um plano de desenvolvimento e de competitividade para todo o sector.

No entanto, o primeiro-ministro José Sócrates afirmou esta semana que, "face à situação actual, com a redução das receitas fiscais, seria uma grave imprudência baixar os impostos".

Fonte: Diário de Noticias


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Governo italiano coloca Madeira entre paraísos fiscais

A legislação do pacote anti-crise italiano aprovada no Parlamento estabelece novos critérios em matéria fiscal que podem colocar a Zona Franca da Madeira numa nova «lista negra» de paraísos fiscais, noticiou o jornal italiano La Repubblica.

O artigo 13 do decreto-lei do pacote anti-crise italiano, publicado oficialmente a 01 de Julho, estabelece que as empresas italianas que emigrem para Estados onde o imposto seja inferior a metade do praticado em Itália, que é de 27,5 por cento, «arriscam-se a cair nas malhas da norma e de serem convocados pelo fisco para pagar a diferença prevista», afirma o jornal italiano.

Segundo o La Repubblica, serão abrangidas por estes novos parâmetros incluídos na lei as empresas italianas que tenham negócios com vários países europeus, «como o Reino Unido, a Holanda, a Irlanda e algumas zonas fiscais de Portugal (como a [Zona Franca da] Madeira) e da Espanha (como as ilhas Canárias)».

"Com uma norma (...) o ministro da Economia Tremonti estabeleceu novos parâmetros que dão vida a uma espécie de lista negra original paralela e mais ampla que a da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]", refere o jornal.

"A surpresa é que com estes novos parâmetros alguns importantes parceiros europeus, como a Grã-Bretanha, a Holanda, a Irlanda e algumas zonas fiscais de Portugal (como a Madeira) e Espanha (como as ilhas Canárias) arriscam-se a cair inexoravelmente debaixo da legislação italiana da mesma forma que [Estados] como as Caimão ou as Ilhas Cook", diz o La Repubblica.

Os bancos, grupos industriais e seguradoras italianas que estejam em países onde o imposto seja inferior a 13,75% passam a ser alvos dos mesmos procedimentos previstos para os paraísos fiscais, refere ainda o jornal.

Fonte: Diário Digital

Défice sobe para 40 milhões/dia

Portugal "bateu no fundo". Foi com estas palavras que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, descreveu ontem o agravamento do défice do subsector Estado, que atingiu os 7,3 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano. Isto significa um défice de 40,5 milhões de euros por dia.

De acordo com a Direcção-Geral do Orçamento, o défice quase quadruplicou nos primeiros seis meses do ano, com um agravamento de 5,4 mil milhões de euros, face ao mesmo período do ano passado. Situação que se deveu à quebra acentuada das receitas fiscais (ver quadro) e ao aumento da despesa.

Só as receitas fiscais, que ascenderam a 13,8 mil milhões de euros, registaram uma quebra de 21,6%, influenciada pelo aumento dos reembolsos do IVA e do IRS e pela redução do IVA de 21% para 20%.

A despesa, que se situou nos 23,4 mil milhões, aumentou 5,4%, devido aos programas de apoio ao emprego e investimento e ao pagamento de dívidas de organismos públicos aos credores. No caso das despesas da Segurança Social, que aumentaram 10,6%, há que sublinhar os custos com os subsídios de desemprego, que dispararam 24%.

O ministro Teixeira dos Santos assegurou que as contas públicas estão controladas e apontou uma recuperação já a partir deste mês.

O ministro rejeitou ainda um aumento de impostos ou um orçamento rectificativo para corrigir o aumento do défice.

PORMENORES

NOVAS CONTAS

O PSD vai pedir à Unidade de Apoio Técnico Orçamental para calcular o valor do défice 'para que não haja surpresas no próximo Governo'.

RETOMA

Honório Novo (PCP) considera que o agravamento do défice contraria o entusiasmo que o Governo pretendia dar ao anunciar a retoma económica.

POLÍTICA ECONÓMICA

Paulo Portas (CDS-PP) responsabilizou a política económica do Governo pelo aumento do défice das contas públicas.

DESEQUILÍBRIO

Francisco Louçã (BE) diz que o aumento do défice mostra queno final do ano o desequilíbrio será 'superior ao previsto'.

Fonte: Correio da manhã

Malparado atinge 7,55 mil milhões

A cada mês que passa torna-se mais difícil às famílias e às empresas pagarem os créditos contraídos. O montante total dos empréstimos de cobrança duvidosa atingiu os 7,55 mil milhões em Maio último, depois de ter duplicado entre as empresas e de ter atingido o valor mais elevado desde 1999 entre as famílias.

O crédito malparado dos agregados familiares subiu 856 milhões de euros num ano, fixando-se nos 4,10 mil milhões de euros em Maio último, de acordo com os dados do Boletim Estatístico ontem divulgado pelo Banco de Portugal. A cobrança duvidosa tem já um peso de 2,58 por cento no total de crédito concedido.

Sinal claro das dificuldades sentidas pelas famílias é o facto de o malparado ter atingido o valor mais alto de que há registo na habitação, fixando-se nos 1,76 mil milhões de euros. Já nos empréstimos ao consumo, o montante subiu para os 941 milhões de euros. Não parece uma quantia elevada relativamente à habitação, mas o peso do malparado no crédito ao consumo superou os 6 por cento pela primeira vez desde 1998.

Esta evolução no malparado, aliada ao actual contexto económico de aumento do desemprego e a uma maior restrição nas condições impostas pelas instituições financeiras, tem feito abrandar a concessão de empréstimos. O total do crédito concedido às famílias fixou-se em Maio nos 133,73 mil milhões de euros, o que representa uma taxa de variação anual de 1,9 por cento, um acentuado contraste com os níveis verificados entre 2005 e os primeiros meses de 2008, quando este indicador rondava os 10 por cento.

Entre as empresas a situação é igualmente difícil. Com as vendas e as exportações em declínio, o crédito de cobrança duvidosa duplicou no espaço de um ano, para ascender aos 4,10 mil milhões em Maio.

Pelo lado da poupança, a tendência de aumento dos últimos meses inverteu-se, e agora os depósitos das famílias caíram 894 milhões de euros entre os meses de Abril e Maio.

Fonte: Correio da Manhã

terça-feira, 21 de julho de 2009

Há credores a ignorar ordem de penhora de créditos

Na ausência de resposta à notificação de penhora doFisco, credor pode ficar responsável pela dívida do cliente.

A situação não é nova mas tem vindo a acentuar-se: há credores que ignoram a notificação das Finanças para penhorar os créditos que têm sobre clientes. Uma atitude que pode sair-lhes cara, pois passam a ser eles próprios executados.

Os créditos sobre terceiros foram, no ano passado, o bem mais penhorado pela administração fiscal para cobrança de dívidas. Mas o Fisco está também a deparar-se com um número crescente de credores que ignora a notificação de penhora sobre o seu cliente e que não entrega às Finanças o crédito em questão.

Esta situação, não sendo nova, tem vindo a ganhar alguma expressão e levou ao reforço de algumas medidas. Na Direcção de Finanças do Porto está no terreno uma equipa de cerca de oito elementos para acompanhar as situações de penhoras de crédito. Numa primeira fase, o trabalho incidiu sobre a identificação dos créditos sobre clientes devedores, susceptíveis de serem penhorados. Mais recentemente, esta acção acompanha também os casos dos credores que não respondem à notificação.

As causas para não cumprir a ordem de penhora das finanças são várias, havendo até quem pague na mesma ao fornecedor, sujeitando-se a ficar responsável pelo pagamento da dívida daquele e a ser executado. Mas, segundo referiu ao JN fonte fiscal, há igualmente credores que, em conivência com o cliente, chegam a mudar o nome das firmas para ver se escapam à malha do Fisco.

Mais do que os imóveis e móveis, são os créditos, as contas bancárias e os créditos sobre terceiros os bens mais "apetecíveis" para as penhoras. A razão é simples: enquanto os bens imóveis e móveis têm de ser vendidos para se transformarem em dinheiro e depois abaterem à dívida fiscal, nos restantes casos essa questão está, por natureza, ultrapassada.

No último ano, o bem sobre o qual incidiu o maior número de penhoras foi precisamente os créditos. No total, em 2008 foram penhorados pelas Finanças 308 mil créditos e 278 mil contas bancárias e produtos financeiros. Já a "cativação" de ordenados ascendeu a 134.760 casos.

A penhora de créditos traduz-se num processo relativamente simples: identificam-se os credores de um contribuinte com dívidas fiscais e notifica-se esse credor a entregar às finanças o valor dos pagamentos que teria de entregar ao seu cliente. Esta penhora mantém-se até à liquidação total da dívida. Uma vez notificado pelo Fisco, o credor tem 30 dias para responder e provar o valor dos créditos (facturas) para pagamento e, caso já tenha realizado estes pagamentos, provar que o fez e quando o fez. Se a situação evidenciar irregularidades e culpa é do credor, e este acaba por ficar responsável pela dívida fiscal do terceiro e ser, por sua vez, alvo de execução fiscal.

Mas a acção das Finanças para recuperar a dívida não fica por aqui. Caso não haja, de momento, valores para pagamento ao fornecedor com dívida fiscal, a lei permite fazer uma penhora de créditos futuros, durante um prazo que não pode exceder os 12 meses. Desde que o processo de penhoras passou a ser automático, este processo de cobrança tem registado forte crescimento. Mas os dados mostram também que cerca de 80% paga a dívida antes da penhora ser executada.

Fomte: Jornal de Notícias

Burla da nova D. Branca será de 10 milhões de euros

Fraude financeira atinge centenas de portugueses que entregaram as suas economias a empresária de Vila Real.

A autora de um esquema financeiro semelhante ao de Dona Branca poderá ter provocado um prejuízo de 10 milhões de euros a centenas de clientes. A 'banqueira' colecciona queixas-crime de Norte a Sul do país, tendo já sido ouvida pela PSP.

Entre créditos concedidos a troco de altos juros e depósitos de centenas de pessoas que recorreram aos seus préstimos, nos escritórios que possui em Vila Real e Almada, A. Caetano e Silva terá provocado, nos lesados, um desfalque que, segundo fonte policial, atingirá os 10 milhões de euros.

Por se desconhecer a real dimensão da fraude - tendo em conta que as vítimas estão dispersas pelo país e têm apresentado queixas nas suas áreas de residência -, fonte da Polícia Judiciária adiantou, ao JN, que não só aquele montante poderá vir a ser muito superior, como o caso terá ramificações com uma rede madrilena, dedicada a uma suposta lavagem de dinheiro proveniente da venda de estupefacientes.

Em reacção à notícia da edição de ontem do JN, sobre a existência desta mulher - que criou uma rede financeira em tudo igual à "banqueira do povo" [ler texto em baixo] -, fonte da PSP de Almada confirmou que A. Caetano e Silva foi já interrogada há cerca de três semanas devido a queixas apresentadas naquela esquadra.

Porém, o JN sabe que só na PSP de Vila Real deram entradas outros oito relatos, em que se inclui o de um cliente cujo montante ultrapassa os 200 mil euros. Os episódios descritos acabaram por ser encaminhados para a PJ de Vila Real, que os enviou para o Ministério Público. Em esquadras da PSP e postos da GNR dos distritos de Aveiro, Faro, Lisboa, Porto e Setúbal também não faltam queixas.

Fonte da Polícia Judiciária de Setúbal explica, ao JN, que nenhum processo ali deu entrada até agora, dependendo do Ministério Público a junção de todas queixas de burlas que tenham surgido um pouco por todo o país. "Só aí poderemos desencadear uma investigação à tal senhora, porque conta com residência no distrito", frisa.

Entre pedidos de anonimato e receios de represálias, dezenas de pessoas contactaram, ontem, o JN descrevendo os seus casos.

Apesar de ter depositado somente 295 euros neste "banco" caseiro, Manuel Carvalho é uma das vítimas mais recentes. Residente em Aguada de Cima (Águeda), conheceu A. Caetano e Silva através de um anúncio na imprensa local, a 9 de Julho. "Estava sem emprego e precisava de 2500 euros. Ela prometeu-me que, caso fizesse um depósito de 295 euros, passava a ser cliente e aí teria o empréstimo em 48 horas", contou.

Feito o depósito, quatro dias depois, na conta de um dos colaboradores [C. Alves] da "banqueira", esta deixou de atender o telefone ao cliente. "Na sexta-feira [17 de Julho] decidi apresentar queixa na GNR de Águeda. Sentia-me com vergonha desta situação mas já percebi que há mais pessoas prejudicadas como eu", reconhece.


Fonte: Jornal de Notícias

Deputados debatem pagamentos de IVA

A petição para a alteração da data em que é exigido o pagamento do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), de modo a que este passe a ser devido ao Estado apenas após o recebimento e não à data de emissão da factura, será discutida amanhã na Assembleia da República.

A questão foi apresentada aos deputados em Novembro último através de uma petição promovida pelo Movimento IVA com Recibo, que, para conseguir que a reivindicação chegasse ao debate parlamentar, angariou mais de dez mil assinaturas.

O movimento alega que o facto de o IVA ser exigido no momento em que a factura é emitida prejudica substancialmente as Pequenas e Médias Empresas (PME), que têm de pagar o imposto ao Estado antes de elas próprias terem recebido os montantes que lhes são devidos, agravando, deste modo, os problemas de tesouraria vividos por muitos destes negócios.

DENTES 'CERRADOS' PERANTE A CRISE

O primeiro-ministro afirmou ontem que seria uma "grave imprudência" qualquer descida de impostos na actual conjuntura económica de quebra de receitas fiscais. Para o primeiro-ministro, trata-se de aguentar firme, de dentes cerrados, e enfrentar".

Fonte: Correio da Manhã


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fisco aperta controlo a quem foge ao IRS

A Administração Fiscal tem em preparação uma aplicação informática que permitirá acelerar as liquidações oficiosas de Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares (IRS) sempre que os contribuintes não entreguem a declaração de rendimentos a que estão obrigados, refere o jornal Público esta sexta-feira.

IRS: 5% dos contribuintes pagam 60% do imposto cobrado

As famílias portuguesas que caem nos escalões mais altos de pagamento do IRS, com rendimentos brutos acima de 50 mil euros, representam apenas 5% do número de contribuintes neste imposto, mas o seu peso no dinheiro que entra nos cofres do Estado é bem maior: 60%.

Piratas da internet atacam Fisco

Os piratas informáticos atacam cada vez mais a rede da Administração Fiscal: só em 2008 foi registado, segundo a Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), um total de 2.278 ataques provenientes do exterior, um aumento de 72,4 por cento face às 1321 tentativas de acesso não-autorizado via internet ocorridas no ano anterior. A pressão da pirataria informática é tão elevada que a DGITA efectuou mesmo duas análises de risco durante 2008, uma em Janeiro e outra em Novembro.

Fonte: Correio da Manhã

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Gestores públicos pagam multas com dinheiro do Estado

O Tribunal de Contas (TC) detectou gestores públicos, multados pelo tribunal, que estão a pagar as multas através dos orçamentos dos serviços e não do próprio bolso, o que é uma prática ilegal.

“País anda a sandes por causa da crise”

O director da Direst explica que houve mudanças de hábitos nos portugueses, com reflexo no negócio. "Agora há muitos que preparam o pequeno-almoço em casa", adianta. Mesmo assim, não desiste. "Temos de apostar em produtos de qualidade a um preço acessível", defende Silvério Gaspar.

O preço tem sido um factor decisivo para atrair clientes. No negócio dos lacticínios, o queijo fatiado "sofreu uma quebra de 40 por cento", segundo Miguel Moreira, director de vendas da Lacto Serra. Mas para compensar as "quebras na procura", para além da descida do preço, o sector está a apostar forte na internacionalização. "Não temos praticamente margem de lucro e temos de apostar noutros mercados", refere Miguel Moreira, cuja empresa está em fase de expansão para Espanha, França, Angola, Brasil e até Dubai.

Na Casa da Prisca, de produtos de charcutaria, a palavra de ordem também é de expansão. "O mercado português está em crise", justifica. Apesar de não ponderar ainda mexer nos preços, José Santos, considera que, "por causa da crise, o único segmento que se mantém é o gourmet", para uma clientela particular.

VENDAS DE VINHO BAIXAM 20%

Sem escapar à crise que se verifica no sector alimentar, também os vinhos correntes, os mais baratos, bem como os vinhos do Porto, estão a atravessar dificuldades. "Registou-se uma quebra nas vendas em cerca de 20%", refere Rui Neto, director de vendas da Ramos Pinto, ao CM. A estratégias desta casa de vinhos, presente na Alimentaria Lisboa, para enfrentar a crise, passa por captar o cliente. Rui Neto defende que também é preciso pensar nos negócios a longo prazo e "perceber o consumidor de futuro".

Os vinhos de mesa, os mais caros, contudo, são motivo de preocupações: "Aí não há quebra", afirmou.

O Governo já se manifestou preocupado com o sector vitivinícola, com o Ministério da Agricultura a investir 32 milhões de euros em campanhas de promoção de vinhos portugueses fora dos mercados europeus, como nos EUA, Brasil, Angola e Canadá.

Fonte: Correio da Manhã

«Pôr no prego» para fintar a crise

As lojas de penhores estão a regressar em força. No ano passado, a procura cresceu 50 por cento em relação a 2007 e foram abertas 80 novas lojas. Para muitos representa a oportunidade rápida, e não burocrática, de conseguirem um empréstimo. Com dinheiro no bolso, agarram-se à certeza de que alguns problemas vão resolver-se e podem sempre regressar para recuperar o que deixaram «no prego».

Nestas lojas de penhores os empréstimos são dados sobre jóias e objectos em ouro. Feita a avaliação, é sugerida uma quantia ao cliente e, se este a aceitar, é assinado um contrato onde é descrito o valor do empréstimo e dos juros que terá de pagar (3% ao mês, conforme é estipulado por lei).

Manuel Aleixo Ferreira é o proprietário da Companhia União de Crédito Popular e tem seis lojas no Porto e arredores. À Agência Financeira conta que a procura aumentou muito nos últimos tempos: «Há mais aflições, despedimentos, as pessoas precisam de pagar os empréstimos. Mas também estamos a empobrecer alegremente: há quem venha aqui para ir de férias ou ao futebol».

Um polícia à porta em cada loja

Neste ramo, a segurança é uma preocupação. Há precisamente um ano, uma das casas de penhores, no Porto, foi alvo do maior roubo de ouro sempre na Europa. Manuel Aleixo Ferreira conta que lhe levaram 270 quilos de ouro, avaliados em cerca de 15 milhões de euros. Meses depois foi a vez da loja de Leça da Palmeira. Hoje, já não facilita, tem um polícia à porta em cada loja e muito dinheiro investido em fortes medidas de segurança.

Vendem para pagar a conta da mercearia

Preocupados com a segurança, mas também com a transparência do negócio, a Casa Crédito Popular (CCP) informa a Polícia Judiciária de todos os empréstimos realizados.

Com 13 agências espalhadas pelo país, a empresa não aconselha ninguém a vender. «Além do eventual valor afectivo do objecto, reconhecemos que o mercado não está a pagar mais no momento da venda do que aquilo que nós proporcionamos a título de empréstimo», explica Pedro Paixão, director-geral da CCP, à Agência Financeira.

Na Casa Crédito Popular, o empréstimo é celebrado por um mês, sendo renovado por períodos iguais e sucessivos. «O cliente a qualquer altura pode amortizar parcialmente ou resgatar o empréstimo sem custos adicionais». Pedro Paixão conta que mais de 90% dos clientes vem recuperar os seus bens. Todos os empréstimos que não são recuperados pelos clientes são vendidos em leilão público.

Ao contrário do que consideram outros empresários, a CCP garante que o «negócio está igual ao que era há dez anos. Existe sim uma certa ilusão de que está a crescer», que se deve ao fecho das 72 lojas que a Caixa Geral de Depósitos tinha espalhadas pelo país e do encerramento da actividade no Montepio Geral.


Fonte: Agência Financeira

sábado, 3 de janeiro de 2009

Penhoras ameaçam um milhão de empregos

A penhora do património das empresas com dívidas fiscais poderá colocar no desemprego quase um milhão de pessoas, avança o jornal Correio da Manhã desta terça-feira.

Augusto Morais, presidente da ANPME, garantiu ao jornal que "existem 400 mil penhoras a PME, que abrangem cerca de 213 mil empresas com problemas com o Fisco".

De acordo com o matutino, o pequeno comércio é, neste momento, um dos sectores mais afectados pelo impacto do abrandamento da actividade económica.

Máximos na carga fiscal demonstram o aumento da eficiência

O Ministério das Finanças considerou hoje que os dados estatísticos que demonstram que a carga fiscal dos portugueses está em máximos de pelo menos 13 anos mostram ganhos de eficiência da administração fiscal no combate à fuga de impostos.

«Os números do INE confirmam o aumento da eficiência da administração fiscal no combate à fraude e à evasão fiscais, uma vez que, apesar de se terem mantido os níveis gerais de tributação, aumentou o volume dos impostos efectivamente pagos», disse hoje à agência Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças.

Os dados que o Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgou revelam que a carga fiscal dos portugueses aumentou em 2007 pelo terceiro ano consecutivo, encontrando-se em máximos de pelo menos 13 anos.

Os mesmo dados mostram que no ano passado a carga fiscal (valor dos impostos e contribuições sociais sobre a riqueza produzida) estava nos 37,5 por cento, mais 0,7 pontos percentuais do que em 2006, um aumento se «insere numa tendência que se verifica desde 1996», diz o INE, , acrescentando que a tendência foi interrompida em 2001 e em 2004.

«Há mais contribuintes cumpridores e menos incumpridores«, reforçou o Ministério das Finanças.


Fonte: Dinheiro Digital

Euribor consolida abaixo de 3% nos prazos três e seis meses

As taxas Euribor, referência para o mercado interbancário e indexante no crédito habitação, desceram esta sexta-feira, pela 58ª sessão consecutiva.

No prazo a três meses, a Euribor desceu para 2,859% (2,892 na quarta-feira), oscilando sobre mínimos desde Maio de 2006. A taxa a seis meses, considerado o principal indexante nos empréstimos da banca portuguesa para compra de casa, diminuiu de 2,971, para 2,945%.

Por fim, a maturidade a 12 meses caiu para 3,025%, contra 3,049 na passada quarta-feira.

A tendência observada consolida a aproximação do indexante à taxa directora do Banco Central Europeu, actualmente nos 2,5%.

Fisco ultrapassa meta de cobranças coercivas de 1,50 mil milhões

O Fisco conseguiu ultrapassar o objectivo de 1,50 mil milhões de euros em cobranças coercivas para 2008, de acordo com uma nota do director-geral de Impostos enviada aos seus colaboradores a que a Lusa teve hoje acesso.

Governo aprovou salários e pensões

A portaria que aprova a tabela remuneratória única dos funcionários públicos, assinada pelo primeiro-ministro José Sócrates e pelo ministro Teixeira dos Santos, que vigora desde ontem, prevê um aumento de 2,9% dos ordenados do Estado em 2009.

Além desta actualização, ficam salvaguardados os 28 euros do diferencial mínimo da mudança de escalão, acordados com os sindicatos para benefício dos funcionários em níveis intermédios. O salário mais baixo é referente ao Salário Mínimo Nacional, 450 euros, e o mais elevado equivale a 6350,68 euros, referente às funções de reitor de universidade. A portaria, que passa a abranger todos os funcionários públicos e que contempla 115 escalões salariais, actualiza ainda os suplementos de "abono para falhas" (86,29 euros) e de funções de secretariado (116,63 euros).

O ministro das Finanças assinou também uma segunda portaria que prevê a revisão das ajudas de custo, subsídios de refeição e viagem, suplementos remuneratórios e das pensões da Caixa Geral de Aposentações.

As pensões de valores mais baixos, até 629 euros, crescem 2,9%, o equivalente a 6,85 euros. Já as reformas entre 629 e 2515 euros sobem 2,4%. As mais altas, até 5030 euros, são aumentadas em 2,15%

No que toca aos complementos, o subsídio de refeição sobe para os 4,27 euros. Já as ajudas de custo sobem para os 69,19 euros para os membro do Governo, 62,75 euros para quem ganha acima dos 1355 euros, 51,05 euros para quem recebe entre 837 e 1355 euros e 46,86 euros para os restantes.


Fonte: Correio da Manhã

Vida mais cara em 2009

O novo ano traz, inevitavelmente, novos preços. Mas, com a estimativa de inflação prevista pelo Governo para 2009 em 2,5%, nem tudo são más notícias. Há produtos que não sofrem actualização de preços, outros que descem – e, claro, os bens que vão ficar mais caros, como o pão.

De acordo com o sector da panificação, o aumento do pão "nunca poderá ser inferior a 5 por cento", valor bem acima da inflação. Carlos Alberto dos Santos, presidente da Associação de Comércio e Indústria da Panificação (ACIP), justificou à agência Lusa a subida com as despesas dos panificadores com os combustíveis e a energia.

O aumento de preço na electricidade também vai ser quase o dobro da inflação prevista: 4,9 por cento, em média, é quanto irá subir a tarifa. Para o consumidor doméstico, o acréscimo é ligeiramente inferior ao da indústria, com uma actualização de 4,3 por cento (ver caixa).

As rendas também sobem 2,8 por cento em Janeiro mas para contratos anteriores a 1967 esse aumento é de 4,2 por cento.

Por outro lado, os transportes públicos, pela primeira vez em 30 anos, vão manter os preços. O Governo optou pelo congelamento, por causa da descida do preço do petróleo. A BP decidiu baixar nesta madrugada em 4,5 por cento o preço das garrafas de gás.

Sem alterações previstas encontram-se os preços do leite, carne, fruta e legumes.

ESTADO POUPA NOS ACESSOS AO NOVO AEROPORTO

O Estado decidiu prolongar o prazo de concessão, por três anos, à Brisa, num acordo que prevê a eliminação da comparticipação financeira do Estado no custo da construção das auto-estradas a cargo da concessionária, nomeadamente o acesso ao n ovo aeroporto de Lisboa. O Estado também passa para a Brisa a responsabilidade futura que lhe competia na execução de alargamentos ou ligações na A1, A3 e A4.

Como o CM já teve oportunidade de noticiar, as portagens nas auto-estradas vão ter um aumento médio de 2,2 por cento para os veículos ligeiros. Isto significa que uma viagem de Lisboa ao Porto vai custar mais 45 cêntimos e um percurso da capital para o Algarve encarece 50 cêntimos para os veículos da classe 1.

POUPANÇA NA ELECTRICIDADE

A electricidade sobe 4,3 por cento para o consumo doméstico mas os utilizadores passam também a ter disponível mais uma opção tarifária, que lhes permite pagar menos 10 por cento ao mês.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) criou uma nova opção de tarifa para os consumidores domésticos, a tarifa tri-horária, que permite aos utilizadores optarem por gastar energia no período do dia mais barato, normalmente à noite, ou no período mais caro. Na prática, uma família que pague 62,49 euros por mês na tarifa simples irá poupar quase sete euros com a mudança.

ACTUALIZAÇÕES

PREÇOS

Com uma subida bastante acima da inflação encontram-se o pão e a electricidade. Nas portagens e rendas, o aumento já se aproxima dos 2,5% previstos pelo Governo para a inflação. Apesar das variações de preços em 2008, para este ano as estimativas apontam para que a carne não fique mais cara.

CTT

Os Correios de Portugal actualizaram o seu preçário mas não há alterações na maioria dos preços. Apenas o correio normal, entre os 20 e os 50 gramas, desce um cêntimo, passando a custar 54 cêntimos. No correio azul também não há qualquer tipo de alteração nos preços.


Fonte: Correio da manhã

Banco de Portugal vai pronunciar-se sobre evolução económica em 2009 e 2010

As previsões do Banco de Portugal (BdP) sobre a evolução económica em 2009 e 2010 vão ser conhecidas na quarta-feira, mas espera-se que o crescimento negativo se verifique já em 2009.

De acordo com o jornal «Expresso», é quase certo que Portugal não vai escapar à recessão. Apesar disso, no BdP acredita-se que a economia portuguesa pode ter um comportamento melhor que a zona euro

A tendência é explicada por alguma sustentação da procura interna e o diverso investimento público anunciado pelo Governo.