De acordo com a Direcção-Geral do Orçamento, o défice quase quadruplicou nos primeiros seis meses do ano, com um agravamento de 5,4 mil milhões de euros, face ao mesmo período do ano passado. Situação que se deveu à quebra acentuada das receitas fiscais (ver quadro) e ao aumento da despesa.
Só as receitas fiscais, que ascenderam a 13,8 mil milhões de euros, registaram uma quebra de 21,6%, influenciada pelo aumento dos reembolsos do IVA e do IRS e pela redução do IVA de 21% para 20%.
A despesa, que se situou nos 23,4 mil milhões, aumentou 5,4%, devido aos programas de apoio ao emprego e investimento e ao pagamento de dívidas de organismos públicos aos credores. No caso das despesas da Segurança Social, que aumentaram 10,6%, há que sublinhar os custos com os subsídios de desemprego, que dispararam 24%.
O ministro Teixeira dos Santos assegurou que as contas públicas estão controladas e apontou uma recuperação já a partir deste mês.
O ministro rejeitou ainda um aumento de impostos ou um orçamento rectificativo para corrigir o aumento do défice.
PORMENORES
NOVAS CONTAS
O PSD vai pedir à Unidade de Apoio Técnico Orçamental para calcular o valor do défice 'para que não haja surpresas no próximo Governo'.
RETOMA
Honório Novo (PCP) considera que o agravamento do défice contraria o entusiasmo que o Governo pretendia dar ao anunciar a retoma económica.
POLÍTICA ECONÓMICA
Paulo Portas (CDS-PP) responsabilizou a política económica do Governo pelo aumento do défice das contas públicas.
DESEQUILÍBRIO
Francisco Louçã (BE) diz que o aumento do défice mostra queno final do ano o desequilíbrio será 'superior ao previsto'.
Fonte: Correio da manhã
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