Segue-se o primeiro-ministro e líder do PS que declarou ter auferido mais de 103 mil euros. Quanto ao IRS, Sócrates pagou cerca de 28 mil euros, menos de metade do que Ferreira Leite.
Paulo Portas aparece na terceira posição em termos dos maiores contribuintes. O líder do CDS-PP apenas declara o rendimento da sua actividade de deputado: 56 mil euros por ano, pelos quais teve de pagar mais de 14 mil euros de IRS.
Sensivelmente o mesmo rendimento tem Francisco Louçã; 56 mil euros que têm origem na sua actividade de deputado. Apesar de ser professor universitário, Louçã já disse publicamente que não aufere qualquer rendimento da sua actividade docente. Mesmo assim, o líder do BE conseguiu pagar menos mil euros de IRS do que Paulo Portas. Uma consequência directa do Plano Poupança Reforma (PPR) que subscreveu e que lhe deu vantagens fiscais.
Também Jerónimo de Sousa declarou como rendimento apenas aquele que recebe da Assembleia da República: 56 mil euros. Mas dos três líderes partidários que apenas declaram rendimentos do Parlamento, o secretário-geral do PCP é quem paga menos IRS. Foram cerca de 11 mil euros para os cofres do Estado, menos três mil do que Portas e menos dois mil euros do que Louçã para rendimentos equivalentes.
Em termos de rendimentos declarados às Finanças, Manuela Ferreira Leite declara mais do que Portas, Jerónimo e Louçã juntos e paga quase o dobro de imposto do que a soma dos líderes do CDS-PP, PCP e Bloco de Esquerda.
Tomando em consideração que José Sócrates apenas declara o seu salário de primeiro-ministro, a única prejudicada financeiramente pela vitória eleitoral seria Manuela Ferreira Leite. Todos os demais líderes da oposição, veriam o seu rendimento aumentar substancialmente em caso de vitória nas legislativas.
Fonte: Correio da manhã
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