Aperta-se o cerco ao Governo por causa do preço dos combustíveis não estar a acompanhar a descida do preço do petróleo: a Oposição quer Manuel Pinho e o líder do regulador no Parlamento. DECO admite protesto nacional.
O secretário-geral da associação, Jorge Morgado, revelou ontem que a DECO tem estado a receber "largas centenas de queixas" de consumidores, que "não conseguem compreender" as ausências de descidas dos preços dos combustíveis já que, em meses anteriores, os operadores justificaram as "sucessivas e rápidas" subidas dos preços com a alta do petróleo e agora afirmam que precisam de mais tempo para proceder ao respectivo acerto em baixa.
"As empresas deixaram completamente cair a máscara junto dos consumidores", disse Jorge Morgado, à agência Lusa, adiantando que a DECO está a ponderar a realização de uma jornada nacional de protesto, semelhante à que promoveu, no final da década de 90, contra a cobrança de uma taxa de activação nas chamadas da PT e, mais recentemente, contra o pagamento de uma taxa pela utilização do Multibanco.
A DECO aponta também o dedo ao processo de fixação dos preços, por não ser "transparente", e à Autoridade da Concorrência (AdC), que diz ter vindo a "descredibilizar-se" ao não conseguir explicar um "estado de coisas" onde "impera exclusivamente a lógica das empresas".
As críticas à AdC e ao Governo dominaram o debate de ontem no Parlamento, quando se discutiu a criação da chamada "Taxa Robin dos Bosques". No regresso de férias, o grupo parlamentar do PSD anunciou que vai pedir a presença do presidente da AdC, Manuel Sebastião, na Comissão de Economia, onde o CDS-PP também quer ver o ministro Manuel Pinho, para explicar uma situação que diz ser "incompreensível".
"Qualquer coisa se passa no domínio da concorrência", disse Paulo Portas, líder do CDS-PP, que classificou de "uma timidez e brandura inexplicáveis" o relatório da AdC, divulgado em Junho, onde garantia não ter encontrado indícios de cartelização nos preços dos combustíveis.
Os partidos da Oposição também não perdoaram o silêncio de Manuel Pinho, ontem, face à decisão da BP de aumentar em um cêntimo o preço da gasolina, depois de anteontem o ministro ter-se mostrado confiante de que "rapidamente" a descida do preço do barril de petróleo iria ter repercussões no custo dos combustíveis. "É uma prova de insignificância do ministro", considerou Francisco Louçã, do BE, classificando de "extraordinário" que o Governo tenha "levado uma bofetada" de uma gasolineira e não diga nada. "Afinal, quem governa este país? É o Governo ou é a GALP?", perguntou Honório Novo, do PCP.
O secretário-geral da associação, Jorge Morgado, revelou ontem que a DECO tem estado a receber "largas centenas de queixas" de consumidores, que "não conseguem compreender" as ausências de descidas dos preços dos combustíveis já que, em meses anteriores, os operadores justificaram as "sucessivas e rápidas" subidas dos preços com a alta do petróleo e agora afirmam que precisam de mais tempo para proceder ao respectivo acerto em baixa.
"As empresas deixaram completamente cair a máscara junto dos consumidores", disse Jorge Morgado, à agência Lusa, adiantando que a DECO está a ponderar a realização de uma jornada nacional de protesto, semelhante à que promoveu, no final da década de 90, contra a cobrança de uma taxa de activação nas chamadas da PT e, mais recentemente, contra o pagamento de uma taxa pela utilização do Multibanco.
A DECO aponta também o dedo ao processo de fixação dos preços, por não ser "transparente", e à Autoridade da Concorrência (AdC), que diz ter vindo a "descredibilizar-se" ao não conseguir explicar um "estado de coisas" onde "impera exclusivamente a lógica das empresas".
As críticas à AdC e ao Governo dominaram o debate de ontem no Parlamento, quando se discutiu a criação da chamada "Taxa Robin dos Bosques". No regresso de férias, o grupo parlamentar do PSD anunciou que vai pedir a presença do presidente da AdC, Manuel Sebastião, na Comissão de Economia, onde o CDS-PP também quer ver o ministro Manuel Pinho, para explicar uma situação que diz ser "incompreensível".
"Qualquer coisa se passa no domínio da concorrência", disse Paulo Portas, líder do CDS-PP, que classificou de "uma timidez e brandura inexplicáveis" o relatório da AdC, divulgado em Junho, onde garantia não ter encontrado indícios de cartelização nos preços dos combustíveis.
Os partidos da Oposição também não perdoaram o silêncio de Manuel Pinho, ontem, face à decisão da BP de aumentar em um cêntimo o preço da gasolina, depois de anteontem o ministro ter-se mostrado confiante de que "rapidamente" a descida do preço do barril de petróleo iria ter repercussões no custo dos combustíveis. "É uma prova de insignificância do ministro", considerou Francisco Louçã, do BE, classificando de "extraordinário" que o Governo tenha "levado uma bofetada" de uma gasolineira e não diga nada. "Afinal, quem governa este país? É o Governo ou é a GALP?", perguntou Honório Novo, do PCP.
Fonte: Jornal de Notícias
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