terça-feira, 26 de agosto de 2008

Taxas de juro no crédito à habitação voltam a subir

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu o valor médio de 5,633% em Julho, o que representa um aumento de 0,059 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, revelam os dados do Instituto nacional de Estatística (INE).
A subida mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor ocorreu em todos os períodos considerados (contratos celebrados nos últimos 3, 6 e 12 meses). Efectivamente, registaram-se acréscimos mensais de 0,135 p.p. (para os contratos celebrados nos últimos 3 meses), de 0,071 p.p. (últimos 6 meses) e de 0,070 p.p. (últimos 12 meses), fixando-se as respectivas taxas de juro implícitas em 5,572%, 5,347% e 5,277%.
Do mesmo modo, a subida abrangeu todos os destinos de financiamento, desde a aquisição de terreno para construção de habitação (0,008 p.p.), construção de habitação (0,059 p.p.) e aquisição de habitação (0,059 p.p.). As respectivas taxas de juro implícitas situaram-se em 5,554%, 5,636% e 5,633%.
Estado corta comparticipações no bonificado
Em ambos os Regimes de Crédito observou-se uma evolução crescente das taxas de juro, passando para 5,516% no Regime Geral (0,053 p.p. acima do mês anterior) e para 6,080% no Regime Bonificado Total (acréscimo de 0,055 p.p.).
As taxas de juro implícitas nos contratos dos Regimes Bonificados Jovem e Não Jovem apresentaram comportamentos semelhantes, aumentando 0,056 p.p. e 0,054 p.p. relativamente ao mês anterior, para os valores de 6,025% e de 6,135%, respectivamente. Estes acréscimos na taxa de juro resultaram de subidas nas parcelas suportadas pelos mutuários, de 0,063 p.p. e de 0,059 p.p., e de diminuições nas comparticipações do Estado, de -0,006 p.p. e de -0,007 p.p., respectivamente.
Capital em Dívida e Prestação Vencida
No mês de Julho, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor atingiu 54.135 euros, menos 19 euros que no mês anterior.
O montante médio do capital em dívida nos contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos 3 meses foi de 86.890 euros, registando-se um decréscimo de 1.474 euros face ao mês anterior.
Nos contratos celebrados nos últimos 6 meses, registou-se uma diminuição mensal de 202 euros, com o montante médio a situar-se em 87.892 euros. Nos contratos celebrados nos últimos 12 meses também se registou um decréscimo mensal, no valor de 284 euros, situando-se o montante médio em 87.776 euros.
Prestação vencida superior
O valor médio da prestação vencida nos contratos celebrados nos últimos 3 meses fixou-se em 463 euros, mais 3 euros que no mês anterior, montante significativamente superior ao valor médio do conjunto dos contratos em vigor, que foi de 355 euros.
Nos contratos celebrados nos últimos 6 e 12 meses, os valores médios das prestações vencidas foram de 453 e de 451 euros, superiores em 3 e em 4 euros aos valores correspondentes verificados em Junho.
No Regime Geral, o valor médio do capital em dívida registou um acréscimo mensal de 320 euros para o valor médio de 61.966 euros. No Regime Bonificado esse valor médio fixou-se em 36.740 euros (mais 296 euros que no mês anterior).

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