quarta-feira, 11 de junho de 2008

Candidato da lista de Cadilhe ao BPN é reformado por invalidez

António Vila Cova está na lista de Miguel Cadilhe à presidência do Banco Português de Negócios (BPN), mas recebe da Caixa uma pensão por invalidez.
O banco do Estado admite estudar juridicamente o caso.Maria Ana Barroso e Sílvia de OliveiraAntónio Vila Cova, um dos nomes que integra a lista de Miguel Cadilhe à administração executiva da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e do BPN, é reformado por invalidez da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O antigo administrador do banco estatal recebe uma reforma por invalidez que poderá estar em causa se Vila Cova assumir funções de relevo numa outra instituição. Isto porque, explicou ao Diário Económico fonte próxima do processo, uma reforma por invalidez pressupõe alguma incapacidade para exercer funções, sobretudo se estas forem, como está previsto, executivas, na SLN e BPN.
Uma outra fonte adiantou ainda que, dentro da CGD, o ambiente é de “indignação” face à possibilidade de Vila Cova aceitar exercer um cargo executivo numa outra instituição, ainda por cima bancária. As reticências da Caixa levantam ainda a dúvida sobre se, tal como acontecerá com Cadilhe, a SLN ter igualmente de compensar Vila Cova, caso este esteja em risco de perder a reforma que agora recebe.Contactado, o banco estatal não comenta a mudança de Vila Cova mas as declarações de fonte oficial são claras. “Não fomos informados dessa questão. Quando formos informados oficialmente, analisaremos juridicamente a situação”.A reforma por invalidez de que Vila Cova beneficia foi concedida depois de Carlos Santos Ferreira assumir funções como presidente da Caixa, entre 2006 e 2007, adiantou fonte próxima do banco estatal ao Diário Económico. Quando Vítor Martins e a sua administração, de que fazia parte Vila Cova, cessaram funções, em 2005, o gestor passou a director na CGD, tendo então recebido uma indemnização pela redução de ordenado.Vila Cova, adianta ainda outra fonte, terá entretanto avançado com o pedido de reforma, concedido ainda na altura em que Santos Ferreira liderava o grupo estatal. O antigo gestor da Caixa é, desde 2006, administrador independente da construtora Mota-Engil, cargo para que estava eleito até 2009.O candidato à administração da SLN e do BPN entra na CGD ainda na década de 90, onde tem as funções de director, sendo responsável pela coordenação da área Norte do banco. É com a liderança bicéfala da CGD, com António de Sousa e Luís Mira Amaral, que sobe à administração, cargo onde permanece durante o reinado de Vítor Martins, até à saída deste, em 2005. No seu percurso profissional, a ligação a Miguel Cadilhe é grande e remonta aos tempos em que o antigo ministro das Finanças estava no Banco de Fomento Exterior, adianta outra fonte. É pela mão deste que se dará a passagem de Vila Cova para a Caixa, quando Cadilhe sai do Fomento, na altura em que o banco é comprado pelo BPI.
O Diário Económico procurou contactar António Vila Cova, mas tal não foi possível até ao fecho da edição. Miguel Cadilhe tão pouco esteve contactável.O candidato à liderança da SLN e do BPN enfrentou, aliás, um problema semelhante ao sair do BCP ao que Vila Cova poderá vir a enfrentar na CGD. Conforme noticiou o Diário Económico, Cadilhe viu recusada a sua pretensão de assumir funções no grupo SLN, mantendo simultaneamente a pensão vitalícia de que usufrui no BCP. Avançar com a candidatura à liderança da ‘holding’ e do BPN implicará ter de abdicar daquele benefício, de que a sua

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