quinta-feira, 12 de junho de 2008

Reposição dos 'stocks' de combustíveis nas bombas demora até dois dias

Emergência.
Estava ontem em estudo o abastecimento prioritário a dezenas de postosA situação de abastecimento dos postos de combustível atingiu ontem um nível de elevada gravidade em algumas zonas do País. Grande Lisboa, Algarve e Alentejo eram as regiões mais críticas com muitas bombas vazias, sobretudo por causa da corrida dos clientes.
O Norte foi mais poupado.
Nem os representantes dos revendedores, nem das petrolíferas conseguiam ter, até ao final do dia, uma ideia clara do número de postos afectadoO ponto da situação e eventuais planos de emergência no abastecimento foram ontem debatidos numa reunião à noite na Direcção-Geral de Energia, com a presença do Ministro da Economia, Manuel Pinho.
No entanto, as conclusões dessa reunião dependeriam da evolução da situação no terreno. Se houvesse desmobilização dos camionistas que bloqueiam as saídas dos parques, sobretudo de Aveiras, a reposição dos stocks normais nas bombas seria a prioridade.
O processo demoraria até dois dias, após a retoma da normal circulação da frota, mas os primeiros efeitos ainda poderiam ser sentidos hoje.Mas se o bloqueio se mantivesse por mais um dia ou mesmo horas com a eficácia até agora demonstrada, então o Governo e as petrolíferas definiram um plano de contigência com a indentificação de postos ultra-prioritarios para abastecer. Estas estações, seriam apenas dezenas e não as 200 previstas inicialmente, porque o seu fornecimento exigiria patrulhamento das forças de segurança. Nestes postos só poderiam abastecer clientes prioritários: forças de segurança, veículos de emergência, empresas de transportes públicos. Todos os outros consumidores ficariam dependentes de fornecimentos que conseguissem chegar sem acompanhamento policial. Ontem de madrugada, mais de 50 camiões cisternas foram escoltados pelas forças de segurança para abastecer postos de gasolina em Lisboa e na Margem Sul. Segundo apurou o DN, elementos do Batalhão Operacional da GNR acompanharam os veículos pesados desde o Porto Alto até à entrada da capital, tendo depois o resto do percurso sido feito por carros patrulha da Divisão de Trânsito da PSP. Só em Lisboa foram abastecidos 41 postos, na Margem Sul 20.
Fontes policiais referiram que este abastecimento visava dotar alguns postos prioritários com reservas, pelo menos, para dois dias e meio. As escoltas decorreram sem problemas, ao contrário do dia anterior quando foram apedrejados mais de dez camiões que se deslocaram de Aveiras para o aeroporto e e ficaram danificados.

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